No dia 6 de outubro, tive a oportunidade de fazer a cobertura fotográfica do que eu considerei muito mais do que um evento corporativo. Foi um dos movimentos mais inspiradores que o Google promoveu nos últimos tempos: um treinamento em Inteligência Artificial voltado para pequenas e médias empresas de todo o Brasil.
Além de ser realizado aqui em Florianópolis, o evento aconteceu simultaneamente em outras 26 capitais, e fez parte da campanha “5/10 – 5 regiões, 10 histórias”, criada para celebrar o Dia Nacional da Micro e Pequena Empresa. Mais do que uma ação de marketing, foi um convite para enxergar o futuro de forma prática, acessível e profundamente humana.
E estar ali, observando tudo de perto como fotógrafo, em parceria com a Lu Aith, me fez pensar sobre o quanto registrar o agora é também uma forma de contar a história do amanhã.
Quando a tecnologia encontra o olhar humano
Falar sobre IA e empreendedorismo pode soar técnico, mas naquele ambiente, as histórias eram sobre pessoas. Empreendedores de diferentes regiões do país, todos com algo em comum: o desejo de crescer, inovar e simplificar a própria rotina com a ajuda da tecnologia.
Meu papel, como fotógrafo, era traduzir essa energia em imagens. Captar expressões de curiosidade, momentos de descoberta, gestos de empatia. Porque a fotografia de um evento como esse não se resume a registrar o que acontece, mas a revelar como as pessoas se conectam com o que está acontecendo.
E é justamente aí que mora a magia da cobertura fotográfica de eventos corporativos: ela transforma conhecimento em emoção, presença em memória, marca em narrativa.
Nos meus trabalhos, eu praticamente fujo das imagens posadas. Eu prezo muito pela espontaneidade dos registros. Busco revelar a autenticidade das pessoas que fotografo, ao mesmo tempo, mantendo a autoridade e o profissionalismo que requer uma cobertura corporativa.
Um fotógrafo apaixonado por tecnologia
Antes de fotógrafo, sou um apaixonado por tecnologia: me formei em Ciência da Computação e fiz pós-graduação em Redes e Segurança da Informação.
Talvez por isso esse evento do Google tenha tido um apelo tão especial. Estar diante de um tema como inteligência artificial aplicada aos negócios despertou algo que sempre fez parte da minha essência: a curiosidade sobre como a tecnologia pode ampliar as possibilidades humanas.
Ver empreendedores descobrindo novas formas de otimizar seus processos com IA foi, para mim, como observar o encontro entre dois mundos que sempre caminharam lado a lado: o da inovação e o da criatividade.
E poder registrar esse encontro pelas lentes foi um privilégio.
Cobertura fotográfica de eventos corporativos: muito além do registro
Empresas que investem em eventos corporativos, sejam treinamentos, convenções, lançamentos ou campanhas, estão criando algo maior do que uma reunião de pessoas. Estão gerando experiências que fortalecem cultura, posicionamento e propósito.
E a fotografia é o elo entre o momento e o legado.
Uma boa cobertura não serve apenas para “mostrar que aconteceu”, mas para comunicar valores e gerar credibilidade. É o tipo de material que ganha vida nas redes sociais, em apresentações, em press releases - e, principalmente, na memória das pessoas que participaram.
No caso do evento do Google, a proposta de democratizar a IA entre pequenos negócios trouxe um sentido ainda mais profundo para o registro: era sobre acesso, inovação e transformação real.
Fotografia, IA e o futuro das narrativas visuais
O tema central do evento era a inteligência artificial. E não tive como evitar refletir sobre o impacto da IA também no meu próprio trabalho.
Ferramentas inteligentes já ajudam fotógrafos a otimizar processos, organizar arquivos e até aprimorar edições. Mas existe algo que a tecnologia ainda não substitui - e talvez nunca substitua: o olhar humano.
A sensibilidade de perceber um instante antes que ele aconteça. A intuição de escolher o ângulo certo. A empatia de entender o que uma marca quer transmitir e transformar isso em imagem.
Por isso, acredito que o futuro da fotografia profissional não está em competir com a IA, mas em coexistir com ela, somando técnica, criatividade e propósito.
Conclusão: registrar o presente para inspirar o futuro
Cobrir um evento do Google sobre inteligência artificial e empreendedorismo foi, para mim, um lembrete poderoso: cada registro é uma narrativa sobre o tempo em que vivemos.
Assim como a IA está moldando a forma como empreendemos, a fotografia continua sendo a ponte que conecta pessoas, ideias e emoções.
E é por isso que, quando clico o obturador em um evento corporativo, não estou apenas fazendo uma foto. Estou construindo uma história, a partir do meu olhar atento e de toda minha bagagem de conhecimento acumulado ao longo dos anos, não só como fotógrafo, mas também como profissional da tecnologia, como empreendedor e também como o cara meio nerd que sou.
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